quarta-feira, 25 de abril de 2012

Jesus




"Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?" (Mateus 16:15 ARA)

Vivemos dias difíceis, no qual a impressão que as pessoas têm de Deus, do Reino e da igreja está nublada. Há escândalos, problemas e situações acontecendo e, embora eu considere isso relativamente normal para o tempo em que vivemos, não nos isenta de ser claros. Corrobora essa impressão algumas estatísticas dando conta de que tem mais evangélicos fora da igreja do que dentro.
Para mim o ponto central é "quem Jesus é para mim?", que responde a pergunta do versículo acima. Vou dizer o que Ele é para mim. Se O tenho por amigo, vou dizer que é um amigo. Se é meu Salvador, direi que Ele é O Salvador. Se Ele é meu dono e Senhor, direi isso Dele. Mas é necessário que Ele seja algo na minha vida, do contrário terei apenas respostas teóricas, filosóficas e nada conclusivas - um personagem histórico, um profeta do Oriente Médio, o fundador do cristianismo, etc.
Jesus é o Filho do Deus Vivo, a encarnação de Deus em forma humana, o enviado do Pai a este mundo perdido. Esta foi a resposta de Pedro e é a melhor resposta. Isso Ele é para mim, sem dúvida alguma. Posso dizer que Ele é meu Mestre, meu Senhor, meu Dono, meu Redentor, meu melhor amigo - minha vida comprova isso, todos os que conviverem um pouco comigo verão que Ele é o centro de tudo que penso e faço.
E quanto a você? Já parou para analisar se Jesus não foi colocado em sua vida apenas como o "cara do Natal" ou "o homem da cruz"? Talvez depois de anos frequentando igreja nem se pergunte mais o que Ele representa hoje para você. Talvez por nunca ter frequentado ou se firmado em uma igreja você não tenha nada a dizer. Eu não sei, mas Ele sabe.
Tenho total certeza e convicção de que, se cada um de nós avaliar, terá algo a dizer. A resposta revelará o que temos no coração. Aí será o momento exato de tomar uma atitude: ajustar-se ao lado Dele ou correr Dele de vez. Cada um, obviamente, arcando com o ônus e o bônus de sua decisão.
"Pai, eu tenho algo a dizer sobre Jesus por que Ele é tudo para mim, mas nem todos são assim ou compreendem isso. Ajuda-me a esclarecer esses queridos e a viver de acordo com o que creio."

Mário Fernandez

terça-feira, 24 de abril de 2012

Pergunta: "O que diz a Bíblia a respeito da batalha espiritual?"

Resposta: Há dois erros primários quando o assunto é a batalha espiritual: excesso e escassez de ênfase. Há aqueles que, para cada pecado, cada conflito e cada problema põem a culpa nos demônios que devem ser então expulsos. Outros ignoram completamente a esfera espiritual, e o fato de que a Bíblia nos instrui que nossa batalha é contra forças espirituais. O segredo do sucesso na batalha espiritual é encontrar o equilíbrio bíblico. Jesus, algumas vezes, expulsou demônios das pessoas, e algumas vezes, curou pessoas sem mencionar o “demoníaco”. O Apóstolo Paulo instrui os cristãos a começar a luta contra o pecado dentro de si mesmos (Romanos 6), e contra o diabo. (Efésios 6:10-18).

Efésios 6:10-12 declara: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Este texto nos ensina algumas verdades cruciais: (1) Podemos ser fortes apenas no poder do Senhor, (2) É a armadura de Deus que nos protege, (3) Nossa batalha é contra forças espirituais do mal presentes no mundo.

(1) Um forte exemplo é o arcanjo Miguel em Judas 1:9. Miguel, provavelmente o mais poderoso de todos os anjos de Deus, não repreendeu Satanás em seu próprio poder, mas disse: “O Senhor te repreenda.” Apocalipse 12:7-8 registra que no fim dos tempos, Miguel vencerá Satanás, Ainda assim, quando se trata de seu conflito com Satanás, Miguel o repreendeu no nome e autoridade de Deus, e não de si mesmo. É somente através de nosso relacionamento com Jesus Cristo que nós, como cristãos, temos qualquer autoridade sobre Satanás e seus demônios. É somente em Seu nome que nossa repreensão tem algum poder.

(2) Efésios 6:13-18 nos dá uma descrição da armadura espiritual que Deus nos dá. Devemos resistir firmes com (a) o cinturão da verdade, (b) a couraça da justiça, (c) o evangelho da paz, (d) o escudo da fé, (e) o capacete da salvação, (f) a espada do Espírito e (g) oração no Espírito. O que estas peças da armadura espiritual representam para nós em nossa batalha espiritual? Devemos falar a verdade contra as mentiras de Satanás. Devemos descansar no fato de que somos declarados justos por causa do sacrifício de Cristo por nós. Devemos proclamar o Evangelho, não importa quanta resistência recebamos. Não devemos vacilar em nossa fé, não importa o quão fortemente sejamos atacados. Nossa última defesa é a certeza que temos de nossa salvação, e o fato de que as forças espirituais não podem arrancá-la. Nossa arma de ataque deve ser a Palavra de Deus, não nossas próprias opiniões e sentimentos. Devemos seguir o exemplo de Jesus em reconhecer que algumas vitórias espirituais são possíveis somente através da oração.

Jesus é nosso principal exemplo para a batalha espiritual. Observe como Jesus lidou com os ataques diretos de Satanás: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam” (Mateus 4:1-11). A melhor maneira de combater Satanás é como Jesus nos mostrou, ou seja, citar as Escrituras, pois o diabo não pode contra a espada de Espírito, a Palavra do Deus Vivo.

O maior exemplo em como não se engajar na batalha espiritual foi o dos sete filhos de Ceva: “E alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. E os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhoreando-se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa” (Atos 19:13-16). Qual foi o problema? Os sete filhos de Ceva estavam usando o nome de Jesus. Isto não é o suficiente. Os sete filhos de Ceva não tinham um relacionamento com Jesus, e por isso, suas palavras foram vazias de qualquer poder ou autoridade. Os sete filhos de Ceva confiaram em uma metodologia. Eles não confiaram em Jesus, e não estavam empregando a Palavra de Deus em sua batalha espiritual. Como resultado, receberam uma humilhante surra. Podemos aprender com este mau exemplo, e conduzir a batalha espiritual da forma como a Bíblia descreve.

Resumindo, quais os segredos para o sucesso na batalha espiritual? Primeiro, confiemos no poder de Deus, não em nosso próprio. Segundo, repreendamos no Nome de Jesus, não em nosso próprio nome. Terceiro, devemos nos proteger com a completa armadura de Deus. Quarto, nos engajemos na guerra com a espada do Espírito: a Palavra de Deus. Por último, devemos nos lembrar que mesmo estando na batalha espiritual contra Satanás e seus demônios, nem todo o pecado ou problema é um demônio que deva ser repreendido. “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Romanos 8:37)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Chamados para fora

"Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." (Mateus 16:18 ARA)

Esta é a primeira menção bíblica da palavra "igreja" e talvez num contexto em que para nós o sentido é limitado. Essa palavra original (ekklesia) era comum naquele tempo e se referia a toda junção de pessoas que era chamada para fora da cidade para tratar de algum assunto importante. Talvez parecido com o que hoje conhecemos como assembléias ou reuniões de condomínio.
A igreja é o grupo dos chamados para fora, em todos os sentidos. Ser igreja é ser chamado para fora das estruturas, dos moldes desse mundo, dos valores deste século, das organizações, das religiões e principalmente, em primeiríssimo lugar, chamados para fora de si mesmos. Temos dezenas de versículos no Novo Testamento falando em negar-se a si mesmo, esvaziar-se, renegar paixões pessoais, não dar espaço para os caprichos da carne e assim por diante. Ou seja, sair de si mesmo.
Ser chamado para fora implica em abrir mão de sua opinião, de seus direitos de sua primazia. Eu venho depois, não apenas de meus líderes e pastores, mas de qualquer um que Deus coloque adiante de mim. Falo com isso com total liberdade, pois ainda que sendo pastor ordenado neste momento não estou a frente de nenhuma igreja local e portanto não faço este comentário em defesa própria ou nada neste sentido. Há líderes que não merecem suas posições, isso é outro problema. Quando alguém está numa posição e ali foi colocado pelo Senhor, deve-se esvaziar mais ainda, pois foi chamado para fora.
De nada vale se intitular igreja e viver como vivem todas as pessaos, pensar como pensa a sociedade, agir e reagir como todo mundo faz. Não é necessário ser diferente, é necessário ser correto, idôneo, sem culpa diante de Deus. É preciso ser igual ao padrão de Deus, custe o que custar.
Isso sim é igreja, isso sim é ser chamado para fora.

"Senhor, eu não sou capaz de me esvaziar como deveria para poder te servir como Tu queres. Preciso desesperadamente que Teu Santo Espírito faça uma grande obra em mim, me chamando para fora de mim mesmo."

Mário Fernandez (www.ichtus.com.br)